Morretes é muito mais que Barreado
Que Morretes é famosa pelo tradicional Barreado, muita gente já sabe. Mas você sabia que na região existe um paraíso ecológico, dentro da maior área contínua remanescente de Mata Atlântica do país, repleto de atividades imersivas ao ar livre?
Esse espaço é o Ekôa Park e nós passamos o dia por lá, curtindo a natureza. Vem conferir como foi e prepare-se para se divertir!
Como chegar
Partindo de Curitiba, você tem duas possibilidades de trajeto. O primeiro deles e também o mais bonito, é pegando a BR 116, sentido São Paulo. Fique atento às placas, elas indicam a entrada para a Estrada da Graciosa (saída 59). Você entrará a direita e logo encontrará o Portal da Graciosa. A partir desse trecho, prepare-se para dirigir com tranquilidade, a curtir cada curva fechada e cada paralelepípedo. Prepare-se para muitas paradas para fotos e para querer experimentar a coxinha de aipim e o caldo de cana de cada barraquinha que tiver pelo caminho.
A estrada é belíssima, conhecida como uma das mais bonitas do Brasil. Além da exuberante área de Mata Atlântica, a Estrada da Graciosa é repleta de Hortênsias, que na primavera deixam o caminho ainda mais bonito.
Mirantes espalhados estrategicamente pela estrada garantem que você pare “só mais uma vez” para mais uma foto. A maioria deles – e os mais seguros – estão nos Recantos. O que mais gostamos e que mais proporcionam aquela vista de tirar o fôlego são:
Recanto Engenho Lacerda
Primeiro mirante, sentido litoral. Quando o dia está sem neblina, conseguimos uma vista deslumbrante das baías de Paranaguá e Antonina.
Recanto Bela Vista
Com um espacinho para estacionar o carro, é o que dá a melhor vista para o Pico do Marumbi.
O segundo caminho, mais rápido, mais caro e nada bonito, é pela BR 277, sentido litoral (saída 29). Esse caminho é pedagiado e custa R$ 20,90 o trecho. É interessante apenas quando você está com pressa de chegar ou se está chovendo muito, o que torna a Estrada da Graciosa um pouquinho perigosa.
Encontramos a nossa natureza
Uma recepção imponente, mas calorosa. Quando chegamos no Ekôa, fomos recepcionados pelo segurança, que nos direcionou para o estacionamento do parque. Com carinha de uma grande fazenda de família nobre, o espaço é muito bem cuidado e caprichado. Seguimos por uma estrada cercada por palmeiras reais, passamos por uma bela ponte que cruzava um pequeno rio, e estacionamos em um gracioso “jardim de carros”. Por aqui, tudo vira arte.
Fomos caminhando até a bilheteria, onde garantimos as nossas pulseiras de acesso ao parque na modalidade “day use”. Nessa modalidade, o ingresso ao parque inclui uma projeção 180°, acesso às Trilhas do Peabiru, da Mata e das Aves, Tekôa e todas as oficinas. O parque oferece também atividades de arvorismo (R$ 30), tirolesa (R$ 30), rapel no balão (R$ 120) e voo cativo no balão (R$ 90), que são pagos a parte. Nós fizemos arvorismo e tirolesa.
Na bilheteria você também encontra uma loja de souvenir com produtos muito bonitos e de ótima qualidade. Artesanato também é o forte dessa região.
Vai começar a aventura
Pulseirinhas garantidas, é hora de começar a desbravar o parque. Recebemos uma pequena instrução de todas as áreas de parque e um dos instrutores nos levou para a sala de projeção, onde vimos um breve filme sobre a história do local. Bem interessante e nada maçante, como esses filmes costumam ser. O final é super bacana!
Assim que saímos da sala de projeção, passamos pelo Corredor dos Sentidos, um túnel sensorial que nos levou direto para um pedaço da Mata Atlântica, com esculturas multo interessantes espalhadas pelo caminho. Pontes e riachos deixavam o caminho muito mais interessante.
Trilha do Peabiru
A primeira e mais extensa das três trilhas existentes no parque é a trilha do Peabiru. Essa trilha revela através de painéis translúcidos, imagens surpreendentes que contam os segredos do Peabiru, um dos principais caminhos que ligava o Brasil ao Peru, muito utilizado pelos indígenas sul-americanos.
Com extensão de aproximadamente um quilômetro, a trilha tem um grau de dificuldade moderado e é recomendada para maiores de 7 anos. Todas as trilhas são bem sinalizadas, com plaquinhas indicando a direção e quanto falta para chegar ao final.
Trilha da Mata
A segunda trilha é mais leve e muito menor. Nela, encontramos diversas possibilidades de interação através de esculturas e objetos, com uma caminhada que se transforma em uma divertida investigação da natureza. Foi a nossa preferida.
Trilha das Aves
A última e mais distante trilha, fica no final do parque. Nessa trilha é possível observar os pássaros nativos da Mata Atlântica, como o Tucano-do-bico-verde e o Maitaca-verde, em uma torre de observação com 15 metros de altura.
Almoço regional
Depois de duas trilhas muito bem exploradas – a das Aves fizemos no final do dia – estávamos prontos para almoçar, com aquela fome de leão. No parque, você pode almoçar no Oka Gastronomia.
No esquema buffet por quilo, o menu era regional e a comida tinha um cheirinho delicioso. Barreado, purê de banana da terra, farinha branca de mandioca, peixe e outros pratos tradicionais do cardápio de Morretes.
Achamos o preço bem salgado pelo que oferecia no menu, mas o atendimento era excelente, sem contar na comodidade.
Um pomar e uma rede para deitar
Se você já provou o famoso Barreado, certamente já sentiu aquela vontade incontrolável de deitar e tirar um soninho depois, né? No Ekôa você pode e deve. Em meio ao pomar, redes espalhadas na sombra, para uma sonequinha rápida antes de voltar para as atividades. Super aconselhamos, pois as próximas atividades são as mais aventureiras, digamos assim.
Parquinho para as crianças
Perto do Pomar, onde os pais descansam, em uma área de muito verde e espaço livre para a criançada correr e se divertir, tem o parquinho. Uma estrutura de madeira bem bacana e colorida, que certamente vai encantar os pequenos.
Do lado, uma área coberta, com alguns pufes e brinquedos para os menores. Ideal para fugir um pouquinho do sol.
Arvorismo
Energias recarregadas e prontos para mais aventura, lá fomos nós para o arvorismo. Sedentários que somos, ficamos meio ressabiados quando soubemos que no nosso ingresso incluía uma atividade dessa, mas quando chegamos e vimos a estrutura pensamos: “Ahhh, tá fácil”. Ahaaaam! Belo engano.
Primeiro, colocamos os equipamentos de segurança. Capacete, cordas e mosquetões, que nos manteriam no lugar. Tudo em ordem? Lá vamos nós.
O primeiro obstáculo parece um parquinho de criança, baixinho. Fácil. O segundo, uma ponte baixinha, com certa angulação. Fácil. O terceiro e o quarto já exigiram mais, pois balançavam bastante, ainda mais quando dois pisavam e eram bem mais altos. Do quinto em diante, já estávamos tentando entender o que a gente estava fazendo ali. Tudo tremia, a perna já perdia a força e os braços tentavam compensar tudo, segurando nos apoios que não existiam.
Mas quando a gente pensa em desistir, vem um novo obstáculo e te faz lembrar que de algum jeito temos que sair dali. A força volta e lá vamos nós outra vez.
Parece fácil, mas para pessoas que assim como nós, que não faz exercícios com frequência, os 240 metros de circuito na altura da copa das árvores, com 23 plataformas e pontes cada vez mais desafiadoras, é bem puxadinho. No dia seguinte que a gente sentiu o quanto!
Tirolesa
Dizem que para todo esforço, tem uma recompensa, né? E a nossa chegou em forma de tirolesa. A vista ali de cima era linda, e o cansaço do arvorismo já tinha batido. Descer os 160 metros na cordinha da tirolesa, com o vento batendo no rosto não poderia ser melhor.
O primeiro de todos foi o Andre, que desceu filmando tudo. Depois eu e o João, com o Andre filmando a gente. Foi uma delícia e se não tivéssemos que fazer todo o trajeto do arvorismo para desder de novo, faríamos mais umas 50 vezes.
Os instrutores são uns queridos e te explicam tudo com a maior calma desse mundo.
Passeando pelo parque
Nem só de trilhas e aventuras o parque é feito. Tem muita coisa bonita para se ver pelo caminho que nos leva de uma atividade a outra.
Em vários cantinhos do parque podemos encontrar esculturas que a própria dona do local fez. São lindas e todas elas interagem com a natureza.
No parque, você também pode visitar o Tekôa, uma proposta de sistema integrado para uma vida mais sustentável. Nós não conseguimos visitar, pois já estávamos bem cansados.
O dia foi muito divertido e nós aproveitamos demais. Tiramos fotos incríveis, pois cada cantinho do parque é lindo e muito bem cuidado. Faça uma visita, que você não vai se arrepender. Depois conta pra gente o que achou.
Assista agora o vídeo desse dia incrível e aproveite para se inscrever no canal. Teremos muitas novidades em breve, acompanhe!
O Ekôa Park fica na Estrada da Graciosa, Km 18,5, em São João da Graciosa, Morretes, no estado do Paraná. Se você quiser mais informações o telefone é 41. 3462-4136e o site www.ekoapark.com.br
Abre aos finais de semana e feriados, das 9h às 17h.
Parceria VVMM & Ekôa Park